ENTRE BAQUETAS E TAMBORINS:
CARTOGRAFIAS DA AFIRMAÇÃO DE UM MODO SENSÍVEL DE SE CONSTITUIR
MULHER NUMA ESCOLA DE SAMBA

Nome: CARLA DE SOUZA CAMPOS CARVALHO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 30/03/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARCIA ROXANA CRUCES CUEVAS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
LUZIANE DE ASSIS RUELA SIQUEIRA Examinador Interno
MARCIA ROXANA CRUCES CUEVAS Orientador
MARIA HELENA ELPIDIO ABREU Examinador Externo

Resumo: A pesquisa aborda a experiência de uma mulher na
Orquestra Capixaba de
Percussão e sua trajetória na bateria da escola de samba. O objetivo do
trabalho foi c onhecer e analisar os efeitos das práticas de ruptura com
processos de subjetivaç ão patriarcais capitalísticos que capturam a produção
desejante do devir mulher . I niciamos este estudo na tentativa de responder as
perguntas: Quais os efeitos das práticas de ruptura com processos de
subjetivação patriarcais capitalísticos que capturam a produção desejante do
devir mulher na ala de tamborim da Orquestra Capixaba de Percussão? Quais
as práticas instituídas na Orquestra Capixaba de Percussão que não
colaboram para dar passagem à produção desejante e que fortalecem as
práticas machistas? Quai s os efeitos das práticas instituintes nas relações dos
componentes da Orquestra Capixaba de Percussão? O que elas inauguram? O
que elas colocam em evidência? Quais são os efeitos das práticas
problematizadoras, reflexivas, dialógicas das mulheres da Orque stra Capixaba
de Percussão na constituição de outro modo de se relacionar com o contexto
da escola de samba? Realizamos uma pesquisa intervenção para cartografar
as práticas de criação que foram sendo estabelecidas. Efetuamos a análise do
discurso, buscand o escapar da interpretação dos dados para colaborar com
uma analítica das práticas que dão passagem à força instituínte nas relações.
Os dados mostram que tocar como mulher na cidade de Vitória, na comunidade de Caratoíra, dentro da Escola de Samba Novo Império, significa “aguentar o tranco” de transpor obstáculos raciais, machistas somados aos desafios socioeconômicos comuns entre quem vive nas periferias das capitais brasileiras. O trabalho das mulheres negras na escola de samba coloca em evidência a urgência de rachaduras ou brechas por onde seja possível escapar e criar estratégias de resistência e potências, movimentos instituíntes, de vida coletiva.
Palavras chaves
: Produção de subjetividade. Feminismo interseccionalidade.
Samba

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