Práticas em Movimentos Sociais: Possibilidade de (re) Invenção de Novos Personagens

Nome: PEDRO HENRIQUE DE OLIVEIRA CARVALHO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 15/07/2013
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA ELIZABETH BARROS DE BARROS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CECÍLIA MARIA BOUÇAS COIMBRA Examinador Externo
HELIANA DE BARROS CONDE RODRIGUES Examinador Interno
MARIA ELIZABETH BARROS DE BARROS Orientador

Resumo: Esse texto de dissertação se inicia com a nossa entrada no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Institucional da UFES. Naquele momento, essa pesquisa visava pesquisar a distância entre o dito e o praticado em diversos movimentos sociais no Brasil. No Espírito Santo, entre o início de 2011 até meados desse mesmo ano, eclodiam diferentes manifestações sociais concomitantes a diversos movimentos sociais pelo mundo, como o Occupy Wall Street e no Brasil o Ocupem o Rio. No processo e no caminhar do pesquisar a questão foi reformulada: analisar práticas desses novos movimentos sociais e o que elas colocavam em cena. Nesse ínterim, o Centro Acadêmico Livre de Psicologia efetivava práticas que nos despertavam a atenção e o olhar sobre elas. Nesse processo, nesse emaranhado de atravessamentos institucionais, produziu-se a presente pesquisa. Então, como se dariam novas configurações e arranjos desses movimentos sociais deflagrados no mundo e no Brasil entre 2010 e 2013? Tal questão disparou reflexões e análises sobre o que essas práticas convocavam, bem como análises sobre as novas configurações dos movimentos estudantis no Brasil. Partindo das ferramentas conceituais forjadas pela Análise Institucional e com o personagem conceitual formulado por Deleuze e Guattari, nosso campo empírico de pesquisa foi acompanhar-vivenciar práticas políticas atualizadas no cotidiano do Centro Acadêmico Livre de Psicologia da UFES no período entre 2011 e 2013. Foi possível produzir analises da existência e a possibilidade de invenção de personagens políticos outros que rejeitam grandes discursos, organizações verticais, representatividade e velhos paradigmas de esquerda. Nesses espaços políticos se constituem formações e subjetivações outras que redimensionam o coletivo. Nessa direção foi possível afirmar emergência de outros sujeitos atentos ao tempo presente, de (re) invenção de personagens-políticos-em-nós. A respeito dos movimentos estudantis no Brasil alguns apontamentos foram feitos e indicada a diversidade de correntes e tendências políticas, destacando-se a influência da esquerda, ausência de linearidade na história dos movimentos estudantis e a inserção da UNE em questões políticas nacionais. Novos movimentos sociais como o Occupy Wall Street e o Zapatismo indicam uma reinvenção de sujeitos e lugares políticos, de movimentos descentralizados, acêntricos, composto por lideranças provisórias, pautados pela aposta no coletivo e na ocupação dos espaços públicos. Ao final, consideramos que nossas práticas são produzidas pelas contingências, podendo se tornar práticas inventivas, mas, também, reprodução de práticas do capitalismo que precisam ser consideradas pelos efeitos que produzem. Indicamos a importância de estar atentos ao que estamos fazendo das nossas práticas, atentos ao presente.

Palavras-chave: Personagem político, Movimentos Estudantis, Movimentos Sociais, Práticas Políticas.

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