Homem e Internet Móvel: Mundos Criados Entre Dedos e Cliques, da Aluna Paula Maria Valdetaro Rangel

Nome: PAULA MARIA VALDETARO RANGEL
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/08/2014
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LUCIANA VIEIRA CALIMAN Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA PAULA FIGUEIREDO LOUZADA Examinador Interno
LUCIANA VIEIRA CALIMAN Orientador

Resumo: A presente dissertação de mestrado propôs a pensar sobre como, na contemporaneidade, o sujeito munido de aparelhos conectados à internet móvel produz o mundo e se produz concomitantemente neste processo. A internet móvel, por sua quase onipresença em nossas vidas e espaços, chama a atenção e se faz vetor importante na constituição dos sujeitos e do mundo na atualidade. O que se faz visível, sensível e instigante nessa pesquisa é que estar (o tempo todo e em todos os lugares) em rede parece ser um veredito: estar em rede constitui a presença contemporânea. Os corpos, conectados uns aos outros, compartilham suas vidas, seus costumes, o que comem, o que vestem, onde vão, com quem estão e neste compartilhar criam-se, recriam-se. Realizou-se portanto, nessa dissertação, uma pesquisa teórica que se dispõe em três partes principais. No primeiro momento, discute-se sobre a composição da subjetividade contemporânea e a construção dos sujeitos na atualidade, sendo Rolnik e Guattari, Kastrup e Favre os principais autores intercessores. Ressalta-se a presença dos planos de forças e formas, como constituintes da realidade constantemente modificada e recriada. No segundo capítulo, discute-se a relação homem e técnica, partindo das considerações de Liliana da Escóssia, dialogando com autores como Lévy, Negri e Latour e afirma-se a defesa de se pensar e analisar a relação homem-técnica a partir de uma concepção ontongenética, na qual dá-se ênfase a processualidade desta relação. No terceiro e último capítulo, a discussão gira em torno da internet móvel e seus desdobramentos no contemporâneo: seu uso e as transformações dos sujeitos, do ambiente e da própria tecnologia. Lúcia Santaella e André Lemos aparecem como os principais debatedores. A alteração no uso do espaço público é a principal característica debatida por tais autores, abarcando temas como mobilidade urbana, espaços intersticiais e mídias locativas. Bruno Latour é o intercessor teórico central nas discussões de Lemos e Santaella, especificamente por sua teoria ator-rede. Destaca-se neste capítulo, a necessidade de análise e observação dos efeitos advindos do acoplamento com a internet móvel. Conclui-se que a relação homem-internet móvel é vetor de subjetivação marcante no contemporâneo e que esta relação é marcada pela velocidade, por transformações nos modos de ser, de se relacionar com o espaço, de estudar e de se relacionar com mídias de comunicação. Aponta-se para o viés da co-emergência dos sujeitos e da própria internet móvel, que não pode ser qualificado como bom ou mau, mas demanda um estar atento aos rastros e à agência de humanos e não humanos na construção da subjetividade contemporânea.
Palavras-chave: Internet móvel. Subjetividade contemporânea. Tecnologia. Cibercultura.

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