Políticas Públicas, Saúde e Exercício Ético: mestiças composições

Nome: ELLEN HORATO DO CARMO PIMENTEL
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 20/10/2014
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
MARIA ELIZABETH BARROS DE BARROS Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA LUCIA COELHO HECKERT Examinador Interno
CLAUDIA ELIZABETH ABBÊS BAETA NEVES Examinador Externo
HELIANA DE BARROS CONDE RODRIGUES Coorientador
MARIA ELIZABETH BARROS DE BARROS Orientador

Resumo: Nessa dissertação propomos a discussão do modo como temos (nos) produzido (nas) políticas
públicas (na) saúde: como tem se produzido políticas públicas, como temos nos produzido nas
políticas públicas em saúde, como tem se produzido nas políticas públicas saúde. Produção de
políticas públicas, produção de nós mesmos - entendida a partir do exercício ético-, e
produção de saúde: produções que nos interessam em seus atravessamentos, seu hibridismo,
em suas costuras, em suas mestiças singularidades, produções que nos interessam ainda em
suas insurgências com a temática do governo. Iniciamos essa dissertação com a história de
Arlequim-pierrot-incandescente para apontar já de início a força da mestiçagem como algo
que atravessa: a pesquisa, uma política pública, a saúde, nós mesmos. Ao longo do texto
trazemos algumas cenas recolhidas desse conviver a pesquisa em uma Unidade Básica de
Saúde de Cariacica. As cenas são o dispositivo a partir do qual intentamos acessar as práticas
através das quais se configura uma (micro)política pública na atenção básica em saúde. Se nos
interessa essa noção de que produzir saúde é nos encaminharmos pelas veredas da liberdade,
da potência, do manter-se de pé, o que se colocou como exercício fundamental foi por em
análise as práticas em funcionamento na atenção básica, a fim de fazer a crítica e operar os
desvios em relação aos movimentos que conformam e confinam a saúde a uma função
normalizadora que a atravessa historicamente. Nos interessa ainda acentuar a dimensão
pública no Sistema Único de Saúde, por meio do exercício ético e da sua experimentação
crítica. Pública, uma política se faz no paradoxo de permanecer na impermanência, ou seja, de
manter-se inacabada, e assim pode se talhar com as mestiçagens que o cotidiano nos serviços
oferta. Pública pode se pensar nas práticas, pode repensar suas práticas. Ao experimentar essa
abertura nos enveredamos nas suas costuras micropolíticas. Nesse sentido, publicizar é já
produção de saúde, é já desencaminhar as totalizações, é já refrear os intimismos e
assujeitamentos, é alargar os caminhos presentes de autonomia, confiança, vínculo, cuidado,
acolhimento, saúde enfim. Assim, nos encaminhamos para a afirmação de uma saúde-éticopolítica.
Palavras-chave: políticas públicas, ética, saúde

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