Mulheres negras em luta: desintimizando a vida entre alianças clandestinas a partir do campo da socieducação

Nome: SABRINA RIBEIRO CORDEIRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/09/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ACÁCIO AUGUSTO SEBASTIÃO JUNIOR Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ACÁCIO AUGUSTO SEBASTIÃO JUNIOR Orientador
ANA LUCIA COELHO HECKERT Examinador Interno
ESTELA SCHEINVAR Examinador Externo

Resumo: RESUMO
O Estado brasileiro, implicado em certa forma de governar, promove divisões bastante
móveis entre grupos que ocupam diferentes lugares na hierarquia sócio-racial. Jovens
brasileiros têm sido alvo de inúmeras materializações de uma lógica penal que atravessa
os processos de subjetivação em curso na contemporaneidade. Com aparatos jurídicopunitivos constituídos em torno de uma certa infância e juventude ao longo do último
século, vemos operar a divisão entre potenciais ‘cidadãos de valor’ de um lado, e uma
horda de futuros ‘delinquentes’ de outro, a depender da localização etária, racial, social
e geográfica dos sujeitos. Assistimos e fazemos parte de um cenário de naturalização de
tecnologias de controle e da associação dessas táticas de governo ao discurso do
cuidado e da proteção, e do acesso a direitos na oferta dos programas e serviços das
políticas sociais. Esse trabalho se construiu a partir de uma intensa vivência na política
de socioeducativa como operadora desse sistema e dos atravessamentos com outras
vidas negras que circulavam por esses espaços e que resistiam, inspirando práticas de
liberdade em meio ao que se constitui como prisão e morte. O retorno ao campo, na
condição de pesquisadora, se deu apoiado nos referenciais analíticas e nas ferramentas
metodológicas apresentadas por Michel Foucault, Achille Mbembe, autores do
Abolicionismo Penal, René Lourau, Gilles Deleuze e Félix Guattari. Em meio à análise
dos grandes marcadores das políticas para (um)a juventude, esse trabalho encarna a
construção de uma crítica à lógica penal que permeia o sistema socioeducativo, a partir
de uma perspectiva feminina, feminista e negra.
Palavras-chave: Controle, Proteção Integral, processos de subjetivação, juventude negra,
socioeducação.

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