CRISE EM FRAGMENTOS: SUBJETIVIDADE E SAÚDE MENTAL NO COTIDIANO
DOS CAPS EM VITÓRIA/ES

Nome: KARLA MARIA DUARTE CASTRO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 11/09/2019
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ANA PAULA FIGUEIREDO LOUZADA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANA PAULA FIGUEIREDO LOUZADA Orientador
KLEBER MATOS LOPES Examinador Externo
MARIA ELIZABETH BARROS DE BARROS Examinador Interno

Resumo: A Reforma Psiquiátrica brasileira e o movimento da Luta Antimanicomial, nos seus
princípios ético-políticos, operaram vastos avanços nos cuidados/assistência/direitos
às pessoas em sofrimento psíquico grave, mas hoje sofrem graves ataques e riscos
de retrocessos nas políticas de saúde mental brasileira. Esses movimentos são
importantes ao processo de (re)invenção do lugar social da loucura, na produção de
políticas locais e intersetoriais e na criação de redes em serviços substitutivos
territoriais, pois forçam a superação do modelo asilar e inscrevem um modo
psicossocial de cuidar. Assim, uma das maiores conquistas no Brasil foi a criação
dos Núcleos/Centros de Atenção Psicossocial (NAPS/CAPS) como
dispositivos/estratégias de atenção à saúde mental inseridos na Rede de Atenção
Psicossocial, pela Portaria nº 3.088/MS de 23 de dezembro de 2011. Pensar como
os CAPS em Vitória-ES, que cuidam das pessoas em sofrimento psíquico grave e
foram resultantes das reinvindicações sociais por estratégias de atenção à saúde
mental substitutivas ao modelo hegemônico biomédico e manicomial, tem acolhido o
processo da crise quando esta acontece no cotidiano foi o norteador desta pesquisa.
Ao participar de diversos espaços de cuidado nos equipamentos, pode-se
acompanhar como a atenção à crise se desenrola no cotidiano dos serviços, como
os afetos são mobilizados para produzir um cuidado que não fragmenta sujeito/vida.
Testemunhou-se que questões cotidianas como o uso do sanitário, o horário do
café-da-manhã quando são discutidas em assembleias produzem além de efeitos
terapêuticos, um exercício democrático, torna-se lugar de pactuações que reverbera
na vida dos usuários ampliando sua autonomia.
Palavras-chave: Crise, CAPS, Reforma Psiquiátrica brasileira.

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