QUEM PRECISA DA EDUCAÇÃO “REGULAR”? NARRATIVAS DOS
AFETOS, EFEITOS E PRÁTICAS NO CONTEXTO DE UMA
EDUCAÇÃO ESPECIAL PELA ARTE

Nome: LUCAS DA SILVA ROBERTO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/08/2021

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
FERNANDO HIROMI YONEZAWA Orientador
MARCIA OLIVEIRA MORAES Examinador Externo
MARCIA ROXANA CRUCES CUEVAS Examinador Interno

Resumo: Esta pesquisa objetiva conhecer os efeitos das práticas pedagógicas estéticas vividas
e experimentadas no processo de aprendizagem ‘inclusivo’, nas relações que rompem
ou minimizam a força reprodutiva de controle, normatização, regulação e
individualização junto a alunos “em situação de inclusão”, acompanhando processos
de subjetivação que se abrem para múltiplas produções. Para tanto, os métodos que
ampararam esta construção foram: o método cartográfico, análise institucional
francesa (A.I) e o pesquisarCOM. Os diálogos teórico-conceituais se deram por uma
revisão bibliográfica aberta e sem fidelidade a nenhum campo conceitual. Trata-se de
uma profanação teórica e transversal, objetivando uma produção de vida não fascista
e a construção de uma prática educativa inventiva e não autoritária. Nesta pesquisa
eu chamo esse processo de ‘Revisão Bibliográfica Antropofágica’. A análise do diário
de campo concentrou as experiências em três temas analíticos: I - Práticas
pedagógicas dissidentes, que analisa as diferentes metodologias e aprendizagens
produzidas com os aprendizes “em situação de inclusão”, viabilizadoras de
dissidências às práticas normalizadoras e de comparabilidades presentes na
educação, colocando em questão a ‘educação regular’, esta que não esconde a que
função serve, a saber, a função de ‘regular’ a produção da subjetividade capitalística;
II - Exames medicalizantes, que analisa as diversas interferências do poder-sabermédico na escola, em um processo biopolítico de vigilância das condutas, e as
transformações incorpórias de sujeitos não deficientes em sujeitos deficientes,
apontando as potências e periculosidades dessas práticas; III - O cuidado pedagógico,
que analisa os efeitos do cuidado corpóreo e incorpóreo na construção de
aprendizagens que considerem a integralidade do ser na produção de uma pedagogia
enquanto prática da liberdade. Para finalizar a escrita, discorro sobre o que eu não
quis dizer nesta pesquisa; não se trata de tolher as tão esperadas polifonias e
polissemias, mas de um cuidado para afirmar as apostas por uma vida não fascista.
Palavras-chaves: educação inclusiva; biopoder; institucionalismo; filosofia da
diferença; produção de subjetividade.

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